Eram nove horas do dia 19 de outubro e já a equipa da Chéquia se encontrava à entrada do portão da nossa Escola, pronta para ser recebida. Um grupo de três professores e onze alunos com média de idades de 11 anos, vindos de Pacov, Chéquia, retribuiu a visita que a nossa escola fez em 2021 e foi com muito gosto que a Escola os recebeu, representada pelas docentes Fátima Morais e Teresa Teixeira.
Foram os alunos do clube Erasmus que já participaram em mobilidades e atividades do cube que ficaram encarregues de preparar as atividades da manhã. Assim, numa pequena cerimónia no auditório, os alunos do clube Erasmus+ elaboraram uma apresentação das nossas tradições, música, dança, clube da Terra, personalidades políticas, entre outras e, após um pequeno tour pela escola, conduzido por eles, voltaram à sala de origem e realizaram um kahoot sobre o que tinha sido apresentado. Foi um momento muito divertido e interativo.
Os nossos alunos, como sempre, mostraram-se muito acolhedores e ótimos anfitriões, desenvolvendo amizades instantâneas, como só os jovens conseguem.
Na parte da tarde, houve lugar a uma profícua visita ao Museu Etnográfico da Póvoa de Varzim, onde a História da nossa cidade e suas tradições, que foram do agrado dos nossos convidados seguindo-se uma visita a Camara Municipal da Póvoa de Varzim com receção do Dr. Diamantino Batista.
No dia seguinte e, cumprindo-se o programa estabelecido pela escola, focando-se nas nossas tradições, o grupo checo esteve a realizar atividades como jogos tradicionais, com a professora Isabel Campos e artesanato, com a professora Conceição Rego e Marta Moreira.
Os checos saíram daqui com o coração cheio e a nossa escola com mais uma ótima experiência realizada.
Na manhã do dia 20 de julho, entre as 9 e as 12 horas da manhã, decorreram no AE de Aver-o-Mar as primeiras Jornadas Erasmus+, promovidas pela equipa Erasmus+ do Agrupamento, tendo sido moderadora a coordenadora dos projetos Marta Antunes.
Com um programa enriquecedor, a manhã tornou-se um espaço de conversa e partilha de várias experiências no programa Erasmus+ sendo que, para este efeito, valeu o contributo de algumas escolas do concelho da Póvoa de Varzim, o CFAE Póvoa de Varzim/Vila do Conde e a opinião de professores e alunos envolvidos em várias Ações-Chave do programa.
O seminário iniciou-se com a intervenção da subdiretora do Agrupamento, Helena Costa que, além de reconhecer a importância dos projetos Erasmus+ na dinâmica das escolas focou, igualmente, os desafios que se colocam no âmbito da gestão dos recursos humanos envolvidos nos mesmos.
O presidente da CAFAE Póvoa de Varzim/Vila do Conde, Luís Fernandes, dirigiu a sua intervenção para a importância dos projetos Erasmus+ na formação de professores. Durante a sua intervenção, divulgou o projeto Erasmus+ a iniciar este ano, Continue Up, que envolve o centro e a School Education Gateway, entre outros parceiros, e cujo foco é a intervenção na formação inicial e contínua dos docentes. O Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar será um dos parceiros associados deste projeto inovador na área da formação.
Em termos concelhios, estiveram presentes a Escola Secundária Rocha Peixoto, o Agrupamento de Escolas Cego do Maio e Agrupamento de Escolas de Rates, respetivamente pela voz de Albina Maia, Ana Cristina Ribeiro e Anabela Aguiar, que partilharam os seus projetos, potencialidades, constrangimentos e desafios, no âmbito das Ações-Chave 1 e 2 do programa Erasmus+.
Após um breve intervalo, a equipa Erasmus+ de Aver-O-Mar interveio apresentando os resultados do projeto Erasmus+ “Teaching and Learning Towards an Inclusive, Digital and Sustainable World”. Fátima Morais representou a visão docente desta experiência de trabalho, enquanto a técnica de Ação Social Andreia Teixeira o olhar social, daqueles que participaram nas mobilidades, em regime de jobshadowing, em três momentos distintos, a saber, Turquia, Eslovénia e Itália. Através da sua intervenção foi possível aos presentes compreender melhor em que consiste este tipo de mobilidade, as vantagens profissionais que oferece, bem como a sua vivência nas escolas dos países que os acolheram. Destacaram as boas práticas observadas em sala de aula, as práticas e respostas no domínio social, cultural, digital e ambiental que se desenvolvem nas instituições parceiras, os laços que se promoveram entre profissionais, as questões relacionadas com a comunicação, e outras. Esta foi uma realidade de formação que aconteceu pela primeira vez no AE Aver-O-Mar mas que se deseja possa voltar a acontecer envolvendo mais pessoal docente e não docente.
Chegado foi ao momento de dar voz os alunos, e professores acompanhantes, sobre a experiência e o impacto que estes projetos tiveram nas suas vidas pessoais e académicas. Todos foram unânimes em como será uma memória para a vida: porque viajaram para o estrangeiro pela primeira vez, estabeleceram laços de amizade novos, saíram da sua zona de conforto, aplicaram conhecimentos académicos como a comunicação em língua inglesa, aprenderam sobre novas culturas, hábitos e costumes. Foi, certamente, um momento alto desta manhã de partilha de boas práticas.
Por fim, foi apresentada a visão que os parceiros têm sobre o nosso Agrupamento, como anfitrião, o trabalho desenvolvido em parceria e as aprendizagens realizadas. Por meio de gravações de testemunhos, professores e alunos parceiros deixaram o seu olhar sobre Aver-O-Mar. Ficamos felizes por saber que se sentem satisfeitos e realizados com a receção e os programas pedagógicos e culturais que vivenciaram no nosso país, ou seja, na nossa escola.
As jornadas finalizaram com a intervenção do Presidente da Associação de Pais, Carlos Pinheiro, que congratulou a iniciativa do AE em participar neste programa europeu, o presidente do Conselho Geral do agrupamento que destacou a mais valia que os projetos representam para o desenvolvimento académico dos alunos, bem como para o seu crescimento pessoal enquanto cidadãos de uma Europa global, e ainda para a atualização profissional do pessoal docente e técnico; por último, o Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Dr Luís Diamantino, congratulou o Agrupamento pela iniciativa de organizar estas jornadas, pela sua ação em prol da internacionalização das práticas educativas e pelo empenho dos seus profissionais; destacou do mesmo modo os Agrupamentos presentes pelo trabalho desenvolvido, realçando o impacto que a sua ação tem nos alunos, na escola e na comunidade em geral.
Esta foi certamente uma manhã profícua, alargada à comunidade concelhia, que potenciou a disseminação de práticas inovadoras, de dinâmicas de nível europeu cujo objetivo principal é melhorar o ensino e a aprendizagem do concelho da Póvoa de Varzim.
Nota: se aceder ao site na versão inglesa, poderá aí encontrar esta publicação em inglês
Termina assim o projeto internacional Erasmus+ TEACHING AND LEARNING TOWARDS AN INCLUSIVE DIGITAL SUSTAINABLE WORLD, 18 meses que permitiram a mobilidade de doze alunos, dois docentes acompanhantes e seis docentes e uma assistente social em regime de job shadowing.
As experiências foram múltiplas e repartidas por três países de acolhimento – Turquia, Eslovénia e Itália – respetivamente exemplos de multiculturalidade, desenvolvimento sustentável e preservação ambiental e de desmaterialização dos recursos livro – por uma escola “senza zaino” (sem mochilas).
Em todas as mobilidades, a alunos, docentes e não docentes, foi dada a oportunidade de observar e/ou partilhar boas práticas, experienciar diferentes estratégias de intervenção didática-pedagógica, relacionar-se, apreender uma nova cultura com base na comunicação em língua inglesa e na observância de outros hábitos e modos de estar.
Monterotondo, Roma, Itália, Instituto eSpazia | 08 a 12 maio 2023
A semana começou com a alegre cerimónia de boas-vindas à escola. Cerca de uma centena de alunos acolheram os visitantes entoando os diferentes hinos e ofertando sacos com souvenirs e material de trabalho para a semana. Um momento de aproximação dos pares e de festejo por este encontro.
As atividades decorreram colaborativamente com foco em práticas de programação e robótica, exploração de aplicativos digitais de suporte à aprendizagem “senza zaino”, criação pela arte, pesquisa e partilha de conhecimento entre pares, muito respeito e solidariedade.
Os alunos puderam trabalhar em grupos multiculturais, reconhecendo a necessidade e o valor de dominarem uma língua comum – o inglês – permitindo a sua aproximação e comunicação; os professores puderam observar situações de ensino e aprendizagem em aulas de matemática e italiano, correspondentes ao 2ª e 3ª ciclos, refletindo sobre as práticas implementadas pelos parceiros, retirando as devidas ilações, potenciando as suas competências técnicas e, acima de tudo, partilhando estratégias e metodologias aquando das sessões de reflexão conjuntas. A assistente social observou dinâmicas de apoio e inclusão de alunos com dificuldades e/ou emigrantes, comparando realidades e práticas, bem como concluindo da sua aplicação no contexto social e educacional português. Partilhou ainda boas práticas em curso no AE Aver-O-Mar e políticas de intervenção do nosso país, ficando o desejo nos seus homólogos de, a curto prazo, visitarem a nossa escola.
Tempo houve para promover a criatividade dos participantes em sessão de produção plástica e workshop de teatro dirigido por profissionais da área. A experiência foi única! Aprendemos a importância da gestão e transmissão de emoções, os “truques” cénicos utilizados pelos atores para encenar cenas de violência, drama ou amizade, sempre reiterando os valores e obrigações sociais subjacentes no comportamento humano. Mais um excelente exemplo do papel que a arte do teatro pode ter na formação dos públicos jovens.
Por fim, visitamos a icónica cidade de Roma e o Vaticano. Dois dias de visita cultural que permitiram o contato direto com os famosos monumentos romanos, obras de arte centenárias e a história da humanidade que todos aprendemos nas aulas de História
Perante os nossos olhos estava, pois, o famoso Coliseu de Roma – imponente e repleto de histórias; o Fórum Romano – ruína do maior “centro comercial” do mundo à época; o monumento nacional a Vittorio Emanuele – o primeiro rei da Itália unificada; a pequena estátua da Loba de Rómulo e Remo. A propósito desta estátua, conta a lenda que:
“… certa vez um homem muito cruel atacou o pai de dois gémeos, aprisionando-o e raptando os seus dois filhos que mais tarde abandonou na floresta, deixando-os entregues ao seu destino. Porém, o choro das crianças atraiu a atenção de uma loba que os “adotou” e amamentou como se fossem as suas crias. Um dia um camponês passava pela floresta e deu com as duas crianças a amamentarem-se da loba. Decidiu levá-las com ele e batizou-as de Rómulo e Remo. Muitos anos mais tarde, já adultos, Rómulo e Remo foram à procura do seu pai sendo que o encontraram, libertaram e puniram o homem que o havia aprisionado. Depois, voltaram para o lugar onde a Loba os havia amamentado, nas margens do rio Tevere (Tibre), e decidiram que aquele seria o lugar de uma nova cidade. O nome escolhido foi Roma.”
Prosseguimos a nossa visita caminhando pela Via del Corso e os seus imponentes edifícios de estilo barroco, a Via dei Condotti – uma das ruas mais elegantes de Roma, contendo inúmeras lojas de moda, como a Gucci ou Bvlgari, e cafetarias finas, dentre as quais se destaca o histórico Caffé Greco (1760); as famosas Scalignata di Spagna, famosa escadaria na Piazza di Spagna, o tradicional local de encontro de jovens, turistas e dos indispensáveis artistas de rua, que usualmente se reúnem em torno da Fontana della Barcaccia; a igreja que fica localizada no seu topo tem por nome Trinità dei Monte, tendo sido construída em 1495 e contendo no seu interior inúmeras obras de arte.
Por fim, o Panteão de Roma ou Agripa – “templo romano de todos os deuses”, construído no século I; a Fontana de Trevi – um projeto de Nicola Salvi que tem como figuras centrais Neptuno ladeado por dois tritões, este lugar marcava o final do Aqueduto de Aqua Virgo que canalizava água para as novas estâncias termais de Roma (o relevo no primeiro andar, mostra uma rapariga de seu nome Trivia, a quem a fonte deve o seu nome); a Piazza Navona, o centro social da cidade de Roma com as suas três fontes barrocas.
E aqui nos despedimos fisicamente dos amigos italianos, na certeza, porém, que o contato digital irá perdurar entre aqueles que se “encontraram” nesta aventura.
Last but not the least, sábado, dia de regresso, ainda houve tempo para visitar a Cidade do Vaticano.
Os famosos Museus do Vaticano e a mundialmente famosa Capela Sistina, morada dos deslumbrantes frescos de Michelangelo. São quilómetros e quilómetros de galerias luxuosas, repletas de arte e decoração palaciana e onde vislumbramos os engalanados soldados da Guarda Suíça Pontifícia. Por fim, a Praça de São Pedro – arquitetada por Bernini e construída no século XVII – e a Basílica de São Pedro.
E foi tempo de rumar ao aeroporto Fiumicino de regresso a casa.
“Roma non è una città come le altre. È un grande museo, un salotto da attraversare in punta di piedi”.
(Roma não é uma cidade como todas as outras. É um grande museu, uma sala para atravessar na ponta dos pés – Alberto Sordi).
Efetivamente Roma vê-se caminhando e este grupo assim o fez. Foram dois dias aprazíveis de visita a esta magnífica cidade. Muitos dos monumentos já haviam sido visualizados e estudados, anteriormente, na atividade de grupo na escola eSpazia, momento que respondeu ao duplo objetivo de utilizar a ferramenta digital Google Maps e pesquisar e conhecer Roma mas, principalmente, preparar os visitantes (alunos) para uma visita informada à cidade!
Enquanto coordenadora deste projeto Erasmus+, agradeço a toda a equipa a sua dedicação, aos alunos o empenho e interesse, aos pais a confiança depositada na escola, à Câmara Municipal a colaboração institucional, e à direção o apoio incondicional à iniciativa. Obrigada!
A Eslovénia, um país situado na Europa Central, é conhecida pelas montanhas, pelas estações de esqui e pelos lagos. Às margens do lago Bled, um lago glacial abastecido por fontes termais, a cidade de Bled tem uma ilhota com uma igreja e um castelo medieval no topo de um penhasco. Em Liubliana, a capital da Eslovénia, as fachadas de estilo barroco misturam-se com a arquitetura do século XX de Jože Plečnik, arquiteto nascido na cidade, cuja famosa Tromostovje (Ponte Tripla) atravessa o curvo e estreito rio Ljubljanica. (Google, 24/04/2023)
No âmbito da 2ª mobilidade do projecto Erasmus+ KA122: TEACHING AND LEARNING TOWARDS AN INCLUSIVE DIGITAL AND SUSTAINABLE WORLD, um grupo de 4 alunos e 2 professores acompanhantes, e ainda, 2 professores e 1 técnico superior em jobshadowing, partiram à descoberta da Eslovénia de 16 a 23 de Abril de 2023.
Primeira paragem, CENTRO DE ATIVIDADES ESCOLARES E EXTRACURRICULARES (CŠOD) BOHINJ, no Parque Nacional Triglav, sob a tutela do Ministério da Educação esloveno. O CŠOD é pois, um dos 26 centros eslovenos/escolas de natureza que se dedica à formação de jovens no que concerne a conservação da natureza, neste caso com base no estudo e observação do Lago Bohinj, a sua flora e fauna alpinas, através de caminhadas, canoagem no Lago Bohinj, ciclismo, montanhismo, escalada, palestras temáticas, workshop de sobrevivência na natureza com aplicação prática dos ensinamentos – como atear fogo, como lidar com hipotermia (o lago apresenta uma temperatura média de 9 graus à superfície e 4 graus no fundo), como suprir situações de sede, desorientação espacial, entre outros – e ainda observação astronómica. Aquando no centro, o grupo observou rigorosamente as suas regras de funcionamento, tais como, manter o espaço organizado e limpo, não utilizar calçado no seu interior, respeito pelos horários das refeições, acordar, deitar e manter silêncio.
Entre os dias 17 a 20, o grupo de trabalho da escola básica de Aver-O-Mar participou ativamente em todas as atividades propostas revelando sentido de responsabilidade e consciência ecológica, cientes da importância de tais conhecimentos para a sua eventual sobrevivência e a sustentabilidade do planeta.
Em todas as atividades fomos acompanhados por técnicos e professores especializados que promoveram o espírito de grupo, a colaboração e o companheirismo entre todos os participantes – para além do grupo português, estavam no centro alunos e professores italianos e eslovenos – um melting pot que favoreceu novas amizades agilizadas pela comunicação em língua inglesa. Todos estiveram à altura deste desafio!
Segunda paragem, LIUBLIANA, a capital da Eslovénia cativa de imediato os seus visitantes já que apesar de ser uma cidade de pequena dimensão, é uma das cidades mais vibrantes dos Balcãs, classificada pela Unesco como uma das várias Cidade de Literatura. Uma cidade moderna, conhecida pela sua vida cultural e legado histórico de inegável riqueza, fruto dos inúmeros povos que a cobiçaram ao longo dos séculos. Tem uma face clássica que se alia na perfeição à vivacidade duma população jovem e dinâmica. Deambulamos pela cidade: a Praça Prešeren, da Ponte Tripla – desenhada, em 1931, pelo arquiteto Jože Plečnik – à dos Dragões, o Mercado central de legumes, fruta e flores, a Catedral/ Igreja de S. Nicolau, com umas imponentes portas de bronze, a Praça Mestni e a Câmara Municipal, a Praça do Congresso e uma visita surpresa ao Parlamento Esloveno, momento alto da visita à cidade que nos permitiu, para além de conhecer o espaço, dialogar com a vice-presidente do parlamento e o seu deputado mais jovem – um momento de reflexão, o questionar sobre os desígnios de uma nação e a comparação possível com a realidade portuguesa.
Liubliana, uma cidade com cerca de 300 mil habitantes, fica nos nossos corações pela elegância das esplanadas ao longo do rio Liublianica, as cores ocres dos seus edifícios, os espaços verdes, a sua simpatia e os passeios que vibram com pessoas a caminhar, ou usar a bicicleta e o skate para se deslocarem. Ah! Mas também pelos excelentes gelados que comemos!!
Terceira paragem, POSTOJNA CAVES, a Gruta Postojna, descoberta por Luka Čeč, é um fascinante paraíso subterrâneo moldado por pequenas gotas ao longo de milhões de anos, o único lugar onde se pode ver a Jóia, uma preciosa formação rochosa 5 metros de altura – a estalagmite mais bonita da caverna – e conhecer os dragões bebés – pequenos seres que vivem nas profundezas da caverna, com pele pálida, quase translúcida, tufos vermelhos incomuns, olhos que não se veem e quatro membros de apenas dez dedos.
Conta a lenda, que os habitantes da zona acostumados a viver cercados por cavernas, poços, rios intermitentes, lagos e nascentes incomuns que irrompiam do solo em épocas de chuva forte ou inundações, também se habituaram a que as fortes correntes trouxessem à tona alguns “peixes” incomuns, com pele branca como a neve, corpo comprido, cauda longa e quatro patas. Acreditavam, assim, que havia um terrível dragão a viver dentro da gruta de Postojna, e esses animais seriam, na verdade, dragões bebés.
Assim como o mundo acima da superfície, a Caverna possui montanhas imponentes, formações deslumbrantes, rios murmurantes e vastos salões subterrâneos. É um verdadeiro desafio para os exploradores e um berço de Espeleobiologia. Este fabuloso espaço é património da Unesco e é o segundo maior sistema de cavernas cársico do mundo aberto aos visitantes.
Quarta e última paragem, VENEZA. Um bónus desta viagem uma vez que, por questões logísticas, o grupo voou do Porto para Veneza e se deslocou até à Eslovénia de autocarro. No regresso, foi possível visitar esta maravilhosa cidade italiana por uma tarde, antes de embarcarmos com destino ao Porto. Um olhar rápido, mas atento, aos canais, às gôndolas sonhadoras, à magnificência da Praça de S. Marcos, à triste história da Ponte dos Suspiros, à multiculturalidade presente nas estreitas ruas e praças…
Do sonho à realidade, uma experiência repleta de novas vivências, de conhecimento, Amizade e Respeito pela Natureza.
“A viagem foi muito divertida e importante para a nossa aprendizagem no futuro, gostei muito de visitar a Eslovénia!!” (Inês)
“Quando decidi participar novamente num projeto Erasmus não tinha ideia que ia ficar tão admirada por tudo ser tão diferente da viagem anterior. Não podia estar mais grata por ter tido esta oportunidade. Aprendemos a sobreviver na natureza, a escalar, a andar de canoa entre outras coisas, mas acima de tudo aprendemos a comunicar com pessoas diferentes de nós, pessoas de outros países e outras culturas. Foi sem dúvida uma experiência incrível e inesquecível com a melhor companhia.” (Matilde)
Em primeiro lugar eu estou radiante, por ter vivenciado uma experiência inesquecível na minha vida, onde me senti totalmente feliz! Foi uma semana cheia de adrenalina, com imensas aventuras, emoções, momentos de risadas, aprendizagens e de convívio.
Com este projeto, consegui por à prova o meu conhecimento, a minha capacidade de comunicação com pessoas totalmente diferentes de mim, experimentar novos costumes, gastronomia e claro, sair da minha zona de conforto. O projeto Erasmus+ é uma oportunidade excelente na vida de um estudante. Na minha opinião acho que os estudantes deviam interessar-se cada vez mais por este tipo de projeto, pois não há palavras para resumir a sensação de tudo. Tem mesmo de ser vivido! (Beatriz)
As palavras da Beatriz refletem o espírito de equipa que se viveu durante os dias passados em Istambul, onde estivemos de 11 a 18 de dezembro último.
Três alunos, dois docentes acompanhantes e dois docentes e um técnico não docente em jobshadowing constituíram o grupo. Da observação de aulas aos workshops e reuniões de partilha de práticas de ensino e aprendizagem, a instituições de ensino superior e empresarial com projetos de inovação e sustentabilidade, à visita a lugares emblemáticos da herança cultura desta belíssima cidade, Blue Mosque, Galata Tower, Topkapi Palace, onde se fundem as religiões cristã e muçulmanas, ao contacto com alunos, docentes, pais e outros da comunidade local que tão bem nos recebeu.
Erasmus sem sombra de dúvidas é um projeto muito bem organizado e divertido, há sempre alguma coisa para fazer durante a viagem, estamos sempre a visitar algum lugar e a conviver com pessoas. Se eu pudesse descrever esta experiência em uma palavra eu diria, Única, e lembrem-se se tiverem a oportunidade de se inscrever aproveitem, pois é uma experiência incrível. (Diogo)
Eu acho que esta viagem foi uma oportunidade única. Eu pude conhecer novas culturas, novas comidas, novas danças. O regime lá é muito diferente do nosso, as escolas parecem mais liberais. Eu gostei muito de lá estar, foi uma viagem incrível e divertida. (Sara)
O programa Erasmus+ é uma iniciativa da União Europeia que promove a mobilidade de estudantes e professores entre os países membros. A escola com que tivemos a oportunidade de participar nesta iniciativa foi a Escola Sehit Mehmet Yilmaz em Istambul, na Turquia. Uma escola do ensino básico com práticas inclusivas, digitais e culturalmente imersivas.
A experiência de mobilidade escolar em Istambul foi extremamente enriquecedora, tanto para os estudantes como para os professores. A troca de experiências de ensino e aprendizagem foi uma das principais vantagens desta iniciativa. Pudemos compartilhar as nossas práticas pedagógicas com os nossos colegas turcos e, ao mesmo tempo, aprender com eles sobre as suas abordagens e metodologias de ensino. Pudemos assistir a sessões de StoryTelling, tanto em sala de aula como na escola de Storytelling, onde os alunos participam ativamente na narração da história desenvolvendo assim a sua criatividade e expressão dramática e competência da leitura. Em sala de aula também recorrem ao jogo para consolidação das aprendizagens de várias áreas curriculares. (Fátima Morais)
Outra vantagem importante da mobilidade escolar em Istambul foi a troca cultural. Tivemos a oportunidade de conhecer de perto a cultura turca, a sua história, a sua gastronomia, os seus costumes e tradições. Foi uma experiência única que nos permitiu ampliar horizontes culturais e entender melhor o mundo em que vivemos – a multiculturalidade no seu melhor.
Além disso, a mobilidade escolar em Istambul permitiu aprimorar competências linguísticas, nomeadamente a utilização da língua inglesa como veículo privilegiado de comunicação, não descurando praticar um pouco de turco e aprender mais sobre a língua e a cultura turcas.
Em resumo, a mobilidade escolar em Istambul foi uma experiência muito importante e enriquecedora para todos nós. A troca de experiências de ensino e aprendizagem, a troca cultural e o conhecimento de particularidades linguísticas foram alguns dos principais benefícios desta iniciativa. A participação no programa Erasmus+ e em iniciativas similares são oportunidades únicas para o crescimento pessoal e profissional dos estudantes e professores. (prof. Mário Lima)
“Os romances nunca serão totalmente imaginários nem totalmente reais. Ler um romance é confrontar-se tanto com a imaginação do autor quanto com o mundo real cuja superfície arranhamos com uma curiosidade tão inquieta.” (Fonte: https://citacoes.in/autores/orhan-pamuk/)
Terminamos com as palavras do conceituado autor turco Irhan Pamuk: que as nossas mentes estejam sempre inquietas de conhecimento e as nossas ações permitam satisfazer as nossas necessidades, crescendo mais e melhor!
25.11.2022 | LH1177 – Porto.Frankfurt.Vilnius | Eastern European Time (EET) | UTC +2
Assim começou esta aventura, a segunda mobilidade de alunos do Clube Erasmus+, projeto From Tradition to Innovation, sob a organização e responsabilidade das professoras Conceição Costa, Marta Antunes e Paula Santos.
Em primeiro lugar, tenho a dizer que esta experiência foi incrível e que me sinto uma sortuda por ter tido a oportunidade de viver algo tão único e especial.
Foi uma semana cheia de aventuras, aprendizagens, risadas, passeios e momentos de partilha. Também vivi momentos de superação que me puseram à prova e me fizeram crescer e evoluir. Foram dias de muita emoção e divertimento.
Este tipo de projetos é muito bom para melhorar o inglês porque nos obriga a comunicar de forma automática e atualmente, saber comunicar em inglês é muito importante. Também é um projeto ótimo para conhecermos pessoas novas, fazermos amigos e sairmos da nossa zona de conforto.
Ter entrado no projeto ERASMUS + foi a melhor decisão que poderia ter tomado e não me arrependo nada, aliás, só tenho a agradecer pela oportunidade e por todas as experiências únicas que vivi.
Na minha opinião, toda a gente que tenha a oportunidade de entrar no projeto, deve fazê-lo, vale mesmo muito a pena!
E quanto à viagem, vou descrevê-la numa só palavra, INESQUECÍVEL! (Catarina)
Na minha opinião, o projeto “Erasmus”, é muito vantajoso na vida de qualquer estudante.
Este projeto mostra que a união faz a força de um grupo. Além disso, aqui sabemos que, por muitos obstáculos que possam surgir, iremos ter sempre um grupo que fará de tudo para que todos estejam bem e felizes.
Nas mobilidades a novos países, estamos a viver novas experiências, a conhecermo-nos a nós mesmos, a conhecer novas culturas, o que é incrível pois, viajar é uma excelente forma de aprendizagem, estamos a conhecer novas pessoas que, tal como todos nós, têm muito para ensinar e, só o facto de sairmos da nossa zona de conforto, perto de quem amamos, já é uma grande aprendizagem. Como diz o ditado popular “Quem não arrisca não petisca!”
Por último, mas não menos importante, aprendemos e praticamos o INGLÊS.
Com isto, posso concluir que, uma das oportunidades na vida de um estudante é a participação no projeto Erasmus +. Sinto me uma pessoa com mais aprendizagens, esta semana foi incrível e nunca a irei esquecer. (Beatriz)
Das palavras da Beatriz percebemos bem a inquietação em participar, mas também o empenho, entusiasmo e reconhecimento da importância da iniciativa para a sua formação pessoal.
É com agrado, enquanto coordenadora do projeto, que leio estes comentários e que reflito sobre as suas palavras, acreditando na sinceridade da partilha.
A semana cumpriu indubitavelmente os objetivos delineados: partilha de saberes e experiências, colaboração e comunicação em todos os momentos, trabalho de equipa, amizade, cultura, o despertar para uma cidadania europeia, conhecimento… enfim, crescimento e valorização pessoal!!
O país hospedeiro, por esses dias coberto de um magnífico manto branco que nos deixou deliciados, ofereceu um programa muito rico, de cariz prático e inovador, cumprindo o previsto no projeto e ancorando saberes que nos propusemos trabalhar quando o delineamos. Organizou um conjunto de workshops relacionados com “old crafts”, como o trabalhar o vime, o barro, o cabedal, lã, madeira, pintura, e, até, como fazer uma boneca de trapos à luz das brincadeiras do século XVII.
Por oposição, visitámos um centro de investigação do Ministério da Agricultura e Florestas – centro de inovação cientifica na produção sustentável – e verificamos como processam alimentos saudáveis e outros produtos criados a partir de restos de alimentos, como chupetas antibacterianas – em processo de certificação – e emplastros para diminuir o desconforto de pessoas acamadas.
… quero dizer que o Erasmus é algo que todos os estudantes deviam experimentar pelo menos 1 vez na vida escolar, por ser algo que melhora o nosso inglês (muito importante atualmente). O Erasmus é um projeto onde nos divertimos muito, mas acima de tudo obtemos conhecimento e autonomia. Fazer amigos novos, partilhar a nossa cultura, aprender sobre a dos outros e conhecer novos países … mas é preciso ter a consciência que este projeto requer muita responsabilidade e sobretudo muita coragem. Sobre a cidade de Vilnius: gostei muito de a conhecer, sobretudo porque cada canto tinha algo curioso e bonito para descobrir. Nesta mobilidade fizemos várias atividades e workshops que sempre integraram bem os participantes do projeto e acima de tudo nos ajudaram a aprender as suas tradições e costumes. A gastronomia tradicional foi algo que achei bastante diferente da do meu país e o meu prato favorito foi “crispy chicken”. Na escola (Labunava), fizemos um tour por todo o edifício e descobrimos novos métodos de ensino. A vila de Labunava era muito aconchegante e bonita.
Por fim, recomendo a todos que a experimentarem participar num projeto Erasmus! (Margarida)
Sobre a gastronomia … foi deveras um desafio delicioso! Pratos de peixe e carne com molhos agridoce, saboreamos cozinhados tradicionais, como filetes de bacalhau fresco, gnochi e doces típicos. A dança e a música tradicionais acompanharam o jantar de despedida, originando momentos de alegria e convívio entre todos os parceiros do projeto.
Na minha opinião esta viagem foi espetacular e adorei todos os momentos. Aconselho todos os estudantes a participarem… podem conhecer novas culturas, tradições, costumes, gastronomia e, especialmente, praticar o inglês, que cada vez mais tem influência na sociedade! Esta semana foi totalmente diferente do comum, cheia de aventuras gastronómicas, sociais e até pessoais.
Adorei conhecer novas pessoas que vão ficar no meu coração para sempre e também rever amigos. Espero ter outras oportunidades como esta, pois a partir de agora não recusarei nenhuma experiência assim. (Joana)
Acredito que entrar no projeto Erasmus tenha sido uma das melhores escolhas que já fiz, apesar de todo o medo e ansiedade que passamos, a experiência é incrível e compensa completamente. Com o Erasmus não só me pude divertir e ter bons momentos de gargalhada, como também amadurecer, tornar-me mais independente, dar mais valor às pessoas e até mesmo conhecer-me mais a mim própria.
No Erasmus pude conhecer pessoas incríveis e que realmente me marcaram, pessoas que mesmo um dia mais tarde, não havendo mais contacto, irei sempre recordar com afeto e admiração. Além de ser uma experiência bastante inovadora e divertida, através do Erasmus conseguimos viajar para outro país, conhecer novas culturas e fazer amizades para a vida toda.
Em resumo, tenho a dizer que entrar no Projeto ERASMUS+ foi uma das melhores escolhas que podia ter feito e que a experiência ficará sempre marcada no meu coração. (Letícia)
Enquanto professoras dinamizadoras do projeto, não podemos ficar indiferentes às palavras de agrado que se repetem em todos os comentários das alunas participantes. Foi uma semana repleta de novidades, uma semana de encontros, reencontros e encantos, uma semana que nos permitiu partilhar experiências novas, mas também promover laços que irão certamente perdurar no tempo… as tecnologias, neste caso, serão um precioso instrumento de contacto e aproximação.
No aeroporto e depois na escola, olhares saudosos e curiosos esperavam por nós e por elas. As primeiras aulas foram de disseminação desta aventura. E a NEVE!? Essa será uma das recordações da Lituânia que visitámos em 2022 e de onde partimos com -11 graus atmosféricos e um coração bem quentinho pelo carinho e dedicação com que nos brindaram os nossos anfitriões mas também os alunos e professores dos demais países parceiros!!
Este prémio europeu de ensino inovadoré uma das iniciativas definidas pela Comissão Europeia para fomentar o desenvolvimento do “Espaço Europeu da Educação” e visa reforçar a profissão docente valorizando práticas inovadoras de ensino e aprendizagem implementadas no âmbito do programa Erasmus+ e reconhecer o trabalho dos professores e das suas escolas para a construção de uma comunidade educativa europeia.
Ainda que apenas seja atribuído à escola coordenadora do projeto, a sua realização é fruto do trabalho conjunto de uma equipa de parceiros Erasmus+.
É com orgulho que a equipa portuguesa (Clara Vilar, Conceição Costa, Conceição Rego, Emília Quintas, Marta Antunes, Marta Ferreira, Zulmira Lima), parceira no projecto IDEA Together We Can!, se congratula pelo reconhecimento a nível europeu do trabalho desenvolvido neste projeto que aconteceu entre 2018 e 2021.
O projeto agora galardoado, sob a coordenação da escola eslovena OŠ dr. Ljudevita Pivka Ptuj, foi o resultado de uma parceria internacional entre a Szkola Podstawowa Specjalna nr 40, Polónia, a TSVC Metin Sabanci Ozel Egitim Okullari, Turquia, a Osnovna škola Otona Ivekovića, Croácia, o Instituto comprensivo Giuliano Giorgi, Itália e o AE Aver-O-Mar, Portugal.
O principal objetivo do projeto foi a partilha de boas práticas no que concerne a inclusão de alunos com necessidades especiais, fomentando a reflexão em torno das diferentes estratégias pedagógicas aplicadas nas várias escolas parceiras, as medidas institucionais e legislativas em vigor, bem como os recursos e equipamentos disponíveis.
Um sincero agradecimento a toda a equipa (professores, direção, alunos e comunidade escolar) que com as suas boas práticas, dedicação e profissionalismo elevou o ensino a este nível.
“O projeto Erasmus+ From Tradition to Innovation trouxe-nos para um Portugal distante, mas hospitaleiro, amigável, quente e cheio de tradições.”
Sandra Varkalaite, parceira e coordenadora da Lituânia
O Clube Erasmus+ do Agrupamento de Escolas Aver-O-Mar, através da equipa de docentes e alunos que integram o projeto Erasmus+ From Tradition To Innovation, recebeu durante a semana de 03 a 07 de outubro, as representações das suas congéneres de projeto da Chéquia, Lituânia e Polónia, no que foram uns dias de intenso convívio e partilha de experiências, saberes e vivências entre toda a comunidade educativa.
Procurando ir ao encontro dos objetivos delineados no projeto de proporcionar aos nossos jovens, entre outros, valorizar o património cultural intangível, nacional e europeu, nomeadamente, no que diz respeito aos ofícios / profissões tradicionais vs. atividades / profissões inovadoras, novas empresas / áreas profissionais, conhecer novas oportunidades profissionais bem como o desenvolvimento técnico e tecnológico inerente, coube à equipa portuguesa fazer as honras da casa e organizar um conjunto de atividades e propostas de trabalho consentâneas com tais desideratos.
Para esse efeito puderam contar com a colaboração pronta não só dos alunos envolvidos como também com a generosa disponibilidade dos demais docentes, dos assistentes operacionais e das próprias famílias dos alunos que, solicitadas a ajudar, de imediato corresponderam ao que lhes era pedido.
Assim se realizou, por exemplo, uma oficina de formação sobre a camisola poveira, orientada pela D. Ana Cândida e pela D. Ana Gomes.
Logo no primeiro dia, e após a receção pelo Diretor, os alunos e professores visitantes puderam conhecer um pouco melhor a nossa escola e o nosso sistema de ensino, participando num digital peddypaper especialmente preparado para esse efeito.
Ao longo dos dias que se seguiram, as atividades que levaram todos os participantes, portugueses e outros europeus, a conhecer um pouco do que de melhor a Póvoa de Varzim e o nosso país têm para exibir, do tradicional ao inovador, sucederam-se, sempre com manifestações de admiração e apreço por parte de quem nos visitou.
Foi assim que, entre outros, visitámos o CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental), onde fomos surpreendidos por diversos projetos de investigação de ponta no âmbito da preservação e sustentabilidade do mar e outros recursos hídricos, o Pavilhão da Água, fomos recebidos na Câmara Municipal pelo Vice-Presidente, Dr. Luís Diamantino, assistimos a uma demonstração da arte da ourivesaria, com destaque para a filigrana portuguesa e o famoso coração de Viana do Castelo; visitamos as Caves de Vinho do Porto Cálem viajando no tempo e no espaço pelo mundo do Douro vinhateiro, ainda o Museu da Cortiça – produto que dos primórdios do artesanal é, hoje em dia, de utilização alargada a objetos sofisticados de desporto, lazer, engenharia, espaço, vestuário, decoração, entre outros – e a réplica da nau quinhentista portuguesa em Vila do Conde e a Alfândega Régia.
Pelo meio ainda foi possível dar a conhecer um pouco da simpatia e hospitalidade das nossas gentes, nas deslocações às cidades da Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Porto e Gaia, as quais nos foram muito assinaladas pelos nossos parceiros de projeto europeus.
Por fim referir as experiências aquáticas que o grupo experienciou, vela, canoagem, remo e a possibilidade de experimentar diferentes tipos de barcos, com destaque para o SunSailer 7.0, barco movido a energia solar. Desta feita, os nossos agradecimentos vão para o Clube Naval e a Escola de Canoagem.
Numa semana que, de tão preenchida pareceu passar num ápice ficaram, apesar disso, fortes e duradouros laços de amizade e fraternidade entre todos os participantes, visíveis na emoção com que os nossos alunos se despediram dos seus colegas checos, lituanos e polacos…
Mais cientes de que é mais forte aquilo que nos une do que aquilo que nos separa, estamos certos que o alcance de todas estas aprendizagens se replicará no futuro junto de todos aqueles com quem, a partir de agora, todos nos cruzarmos… A começar, naturalmente, nos lares dos nossos alunos “europeus”…
“The main hope of a nation lies in the proper education of its youth”
Desiderius Erasmus
Professores:
Conceição Costa; Ilídio Machado; Marta Antunes; Paula Santos
Foram 7 alunos dos 7º A, B e E e 3 professoras que no passado dia 14 de maio e, durante uma semana, cumpriram a última, com alunos, do projeto Erasmus+”Together” à Chéquia, mais propriamente ao Agrupamento de Escolas de Pacov a poucos km de Praga.
O processo de seleção destes alunos envolveu trabalho prévio por parte dos alunos inscritos no clube Erasmus e que, desta vez, teriam de realizar um vídeo onde demonstrassem, em vídeo, a elaboração de um prato típico português/poveiro, de preferência, a usa inscrição em português e inglês; colaborar na construção de uma manta patchwork com desenhos alusivos às nossas tradições e demonstrar, ao longo do processo interesse, empenho e qualidade nos seus trabalhos. Obviamente, todos os documentos oficiais e regras exigidas de viagens tiveram de estar asseguradas. Para que tudo isto fosse possível foram feitas algumas reuniões com os encarregados de educação dos interessados.
Entretanto e, escolhidos os alunos e descansados os pais, estávamos, no dia 14 de maio pelas 12 horas no aeroporto Francisco Sá Carneiro no Aeroporto rumo a Praga. De sábado para domingo, foi lá que passamos os dias.
E agora? Vamos faltar uma semana e vamos perder as aprendizagens? Quem, de nós que alguma vez já viajou não aprendeu nada? Quem já alguma vez foi a um determinado lugar que nunca mais esqueceu na vida? Não só do lugar, como da companhia, da experiência? O que é viajar, senão aprender?
Uma Escola é muito mais do que uma sala de aula. A maior sala de aula é o mundo.
Os melhores educadores são os que, estando lá fora da sala continuam a ensinar…o médico deixa de ser médico fora do consultório?
A partir do momento em que deixaram os pais no aeroporto eis o que os meninos aprenderam:
A fazer sozinhos a entrada do aeroporto (os professores disseram para observarem muito bem como os outros faziam e fizessem igual) – colocaram o bilhete na posição correta e entraram
o mesmo na verificação das malas, a determinada altura os seguranças separaram-nos, os professores disseram “façam como virem fazer”…minutos depois estávamos todos juntos. Alguns alunos nunca tinham andado de avião ou, se tinham, quem fazia esse trabalho eram os pais;
a olhar para os placards e procurem o nosso voo e a porta de embarque, encontrada a mesma que verificar em que direção teríamos de seguir;
Entrando, no avião, a descobrirem os seus lugares através do bilhete de embarque
E lá fomos….a alegria da Francisca quando nos fizemos à pista foi indescritível “é agora professora???”
O dia seguinte foi dedicado a uma das mais belas cidades da Europa : Praga, capital da Chéquia. Como bons adolescentes que são, só pensavam em ir para o hotel jogar ou dormir e não davam valor ao que viram porque estavam sempre cansados e só se queriam sentar de 5 em 5 metros mas, como estavam em aula, Educação Física, Educação Visual, História, Geografia, Cultura e Cidadania também estavam nos planos. Mais uma vez, foram chamados à atenção para a beleza das coisas: “reparem nas cores dos edifícios, que ruas bonitas, olhem aquelas estátuas, quantas estátuas encontram nos edifícios que estão nestas ruas? qual o edifício mais bonito? Reparem como tudo é lindo e verdejante” e, entre isto e aquilo assistimos a um concerto de música clássica no rio Moldava sobre a Ponte Carlos, vimos o relógio Astronómico, fomos ao Bairro Judeu, visitamos a parte velha, provamos gastronomia local, andamos a pé quase toda a cidade até que sentamo-nos à beira rio para descansar e regressar ao hotel de elétrico, cuja paragem era junto ao Edifício Dançante construído em homenagem a Ginger Roger e Fred Astaire.
No dia seguinte, começaram as atividades propriamente ditas, já que se juntaram a nós os nossos colegas estrangeiros da Roménia, Espanha e Irlanda e fomos acompanhamos toda a semana pelo Diretor e uma professora da escola Checa de Pacov.
Os nossos alunos estiveram muito bem toda a semana, foram eles que, com a sua boa disposição, conseguiram carregar no gatilho para que os outros meninos, também eles envergonhados, se juntassem e começassem novas amizades ao longo da semana. Dançaram, cantaram, fizeram brincadeiras e todos se juntaram. Foram fantásticos, alinharam em todas as atividades propostas de trabalho que tiveram que fazer na escola (pintura, fizeram crachás, atividades de TIC, etc)e todos gostaram muito deles! Alguns alunos nunca tinham andado de avião, de comboio e de elétrico e agora, podem dizer que a primeira vez que o fizeram foi numa das cidades mais bonitas da Europa.
Grande parte destes meninos não está habituado a estar 24/24 horas juntos, tivemos que gerir emoções, chatearam-se um bocadinho uns com os outros, por vezes, mas tivemos sempre que resolver, com base na compreensão, na conversa, no respeito mútuo.
Repararam que nem todos temos os mesmos hábitos e costumes, que não devemos julgar os outros pela aparência e pela religião, devemos colocar sempre em primeiro lugar o respeito, sermos gentis com as pessoas. (que é uma aprendizagem transversal a todas as disciplinas, nomeadamente a EMRC e Cidadania e Desenvolvimento)
Chegavam sempre muito cansados ao hotel mas, mesmo depois do jantar, o dia ainda não tinha terminado: tinham como tarefa elaborar um diário que tinham que enviar às suas professoras. No dia seguinte, era voltar a acordar cedo e voltar “à carga”
O dinheiro que os pais lhes deram para gastarem para prendas para a família tinha de ser muito bem gerido, não fossem eles acompanhados por duas professoras de matemática. De qualquer forma, eles é que tinham de fazer a conversão de coroas checas para euros e calcular o que iria sobrar para a semana, se iria valer a pena gastar dinheiro em guloseimas ou poupar. Portanto, a matemática não ficou esquecida.
Obrigada aos conselhos de turma dos alunos envolvidos que compreenderam a ausência destes alunos nesta semana, que valorizou as suas aprendizagens, tal como consta no novo referencial de avaliação e a todos os que, durante a semana, nos iam dando votos de boa viagem e preocupando connosco perguntando se tudo estava a correr bem.
Um grande agradecimento aos encarregados de educação que, embora de coração apertadinho, perceberam a importância que uma oportunidade destas traz para a educação dos seus educandos.
Este projeto chega ao seu término, com a vinda dos professores parceiros de 5 a 9 de junho à nossa escola, para avaliação final do projeto e serão tão bem recebidos quanto fomos nos seus países.
Obrigada a todos os que colaboraram e que estão a ajudar a preparação da receção final.
Professoras Fátima Morais, Paula Santos e Teresa Teixeira
No âmbito do projecto Eramus+ KA229 intitulado From Tradition to Innovation, o Agrupamento de Escolas Aver-o-Mar participou em mais uma mobilidade de intercâmbio desta feita através de um grupo de três professores e cinco alunas de 8.º ano de escolaridade, realizado em Kamionki, Polónia, de 09 a 13 de Maio últimos, conjuntamente com as suas congéneres da Polónia (país anfitrião), Lituânia e Chéquia (ex República Checa).
Durante cinco intensivos dias de trabalho, as alunas, orientadas pelos seus professores, puderam participar ativamente num conjunto de iniciativas diversificadas e multidisciplinares, mobilizando saberes, capacidades e competências, em estreita colaboração com os seus condiscípulos das restantes Escolas polaca, lituana e checa envolvidas.
Desse modo se deu continuidade a um trabalho de preparação desta atividade, desenvolvido anteriormente na Escola, e que contribuiu para a concretização dos objetivos delineados neste projeto, designadamente:
Valorizar o património (inter)cultural intangível, nacional e europeu, nomeadamente, no que diz respeito aos ofícios / profissões tradicionais vs. atividades / profissões inovadoras (novas empresas / áreas profissionais).
Contribuir para uma escolha vocacional dos jovens, mais informada e consciente, a partir do conhecimento adquirido pela realização das atividades do projeto e pelo diálogo regular com os demais parceiros.
Conhecer novas oportunidades profissionais bem como o desenvolvimento técnico e tecnológico a elas inerente, a partir das propostas de atividade e das realidades apresentadas por cada um dos países parceiros.
Ampliar a competência linguística dos alunos – língua inglesa – quer através da comunicação estabelecida em situações académicas – trabalhos escritos – quer de comunicação real – encontros virtuais e físicos, previstos no projeto.
Promover o uso de aplicativos e ferramentas digitais ampliando a competência tecnológica e digital dos alunos.
Promover valores de respeito, solidariedade, partilha, igualdade e colaboração.
Promover o sentido crítico, a responsabilidade, a criatividade e a perseverança.
Contribuir para uma cidadania europeia e condição de cidadão europeu, seus direitos e deveres.
Entre as várias atividades implementadas incluíram-se uma visita guiada pelo CEO de uma empresa agro-pecuária de ponta, que procura potenciar as práticas tradicionais ecológicas da agricultura polaca com as mais modernas contribuições da ciência agronómica, almejando um equilíbrio entre produtividade e rentabilidade e uso sustentável dos recursos naturais limitados do planeta; uma visita a um centro de testes de segurança da marca automóvel Skoda; workshops de pastelaria na confeção de croissants de receita tradicional polaca, na antiga cidade de Poznan, e dos célebres ginger breads da cidade de Touran, para além de visitas guiadas ao milenar património histórico-cultural deste país da Europa Central, nomeadamente a intitulada Great Poland, às instalações da escola anfitriã e de momentos de convívio e confraternização, potenciadores do estreitamento de relações entre os povos europeus, através das jovens gerações dos seus cidadãos, que irão certamente disseminar nos respetivos países, nas suas famílias e relacionamentos, o desejável espírito solidário e pacífico que está na génese do projeto europeu, nascido após a segunda guerra mundial.
Decorrente da opção de viagem, ainda foi possível uma breve estada na cidade alemã de Berlim, permitindo ao grupo uma rápida imersão na realidade cosmopolita desta capital europeia. O grupo (re)visitou lugares emblemáticos da civilização alemã como o Reichstag ou o Portão de Brandenburgo, construído no século XVIII, símbolo da reunificação e, especialmente, marcos históricos da segunda guerra mundial e do pós-guerra como o Muro de Berlim, o Check PointCharlie, a exposição ao ar livre sobre os terrores nazis de 1933 a 1945 ou o Memorial do Holocausto, e ainda, alguns símbolos de modernidade como o Sony Center.
Regressados a casa, mais despertos para o valor da interculturalidade, é agora tempo de começar a preparar a receção aos nossos congéneres europeus, que nos visitarão já no próximo mês de outubro e para a qual todos, enquanto comunidade educativa, devemos estar mobilizados.